segunda-feira, 29 de outubro de 2012

ELBA RAMALHO EM UMA DE SUAS MELHORES INTERPRETAÇÕES - AVE DE PRATA - ZÉ RAMALHO

 
 
 
 
 

 
Assista ao vídeo da música AVE DE PRATA
na belíssima interpretação de Elba Ramalho
 
 

Ave de Prata

(Zé Ramalho)

CBS/ Sony Music

ouça agora!

É muito mais do que muito
Muito mais do que quantos anos todos piorei
É muito mais do que mata
Muito mais do que morrem todos pela planta do pé
É muito mais do que fera
Mais do que bicho quando quer procriar
Uma espécie, sementes da água, mistérios da luz
Émuito mais do que antes
Mais do que vinte anos multiplicar
Dividir a mentira
Entre cabelos, olhos e furacões
Inventar objetos
Pela esfinge quando era mulher
Ave de prata
Veneno de fogo
Vaga-lume do mar
O mar que se acaba na areia
Gemidos da terra apoiados no chão
Entre todos que usam os dentes do arpão
Apoiados em cada parede pela mão
Pela mão que criou tantas trevas e luz
e cada coisa perdida
Perdidamente pode se apaixonar
Pela última vida
Poucos amigos hão de te procurar
Como é o silêncio?
E nesse momento, tudo deve calar
numa história que venha do povo
O juízo final

 
 
Primeiro disco de Elba Ramalho. O trabalho contou com participações especiais e parcerias que perduram até hoje: Dominguinhos, Zé Ramalho, Geraldo Azevedo, além de grandes nomes como Jackson do Pandeiro e Sivuca. No repertório, canções como “Canta Coração” (Geraldo Azevedo e Carlos Fernando), “Ave de Prata” (Zé Ramalho) e “Não sonho mais” (Chico Buarque).
 
 
Acesse o site da cantora
 
 
 
 
 

Filha do sertão nordestino, dona de um timbre inconfundível e de uma energia eletrizante, Elba Ramalho mantém a verve de iniciante e continua a contagiar o público por onde passa e a levar seu canto agridoce para as mais diversas platéias nacionais. Com três décadas de carreira, a Ave de Prata continua a dar um banho de musicalidade.

São mais de 30 anos de uma carreira iniciada no final da década de 70, quando, após integrar o elenco da montagem original da peça “A ópera do malandro”, de Chico Buarque, surpreendeu o país com o LP “Ave de Prata”, inspirado na composição homônima de Zé Ramalho. O disco já incluía canções de compositores nordestinos, uma das marcas da cantora ao longo da carreira, além da faixa “Não sonho mais”, de Chico Buarque.
 
Filha do nordeste brasileiro, nascida no alto sertão da Paraíba, sob o signo de Leão, cercada de religiosidade e fé, Elba herdou a musicalidade de seu pai, que a despertou cedo para a mais sublime das formas de comunicação; a música. Foi também rodeada pelo solo seco e vegetação árida que a cantora se familiarizou cedo com os mais diversos ritmos da região: baião, maracatu, xote, frevo, pastoril, caboclinhos e forrós. Gêneros que preservam a pureza de uma cultura eminentemente popular.

NOS ANOS 70

Elba iniciou a experiência musical tocando bateria no conjunto “As Brasas”, formado somente por mulheres. Isso foi em 1968, ano em que também cursava as faculdades de Economia e Sociologia. Foram cinco anos de estudos, mas o diploma não veio. O conjunto musical se transformou em grupo teatral. Mesmo optando pelo teatro, Elba continuava a cantar, participando de diversos festivais pelo nordeste.
 
Em 1974, trocou a Paraíba pelo sul do país, chegando ao Rio de Janeiro com o Quinteto Violado. Na capital fluminense se estabeleceu como atriz de teatro, mas sempre em musicais, onde a atriz encontrava a intérprete. Em 77, participou de “Morte e vida severina”, filme inspirado na obra de João Cabral de Melo Neto. Em 78, integrou o elenco da peça “A ópera do malandro”, de Chico Buarque. Sua interpretação de “O meu amor” com Marieta Severo lhe valeu prêmios e seu primeiro contrato como cantora com a gravadora CBS.
 
 
 
 

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